A
Ford publicará hoje o seu relatório de sustentabilidade onde se pode ler que a
marca “continua no caminho certo para reduzir em 30% as emissões de CO2 até
2025, tendo em conta os níveis de 2010”.
Esta
é um resultado que se reflete no “investimento feito em tecnologias limpas e
iniciativas ligadas à eficiência energética”.
O
objetivo dos líderes da Ford é “construir um negócio forte, com grandes
produtos e que possa construir um mundo melhor – o futuro tem de ser diferente
do passado”.
A
notícia pode ser lida na íntegra no seguinte site:
Finalmente as temperaturas começaram a
subir e nada melhor que um geladinho para refrescar. Gelados, gelados é com a Ben&Jerry’s e se és adepto desta
marca, certamente já viste o selo do “Fairtrade”
mas afinal o que representa este selo?
A Fairtrade
é um certificado dos produtos que fazem parte do comércio justo e que nasceu
graças ao compromisso da organização do comércio justo de todo o mundo. Esta é
uma abordagem alternativa ao comércio tradicional e é baseado numa parceria
entre os produtores e os consumidores.
Assim, o objectivo do comércio justo é
ajudar os países subdesenvolvidos no combate à pobreza, assim como garantir que
os agricultores mais pequenos tenham as melhores condições e que os seus
produtos sejam vendidos a um preço justo.
Os 10 princípios do comércio justo são:
1 – Criar condições economias e sociais
para melhorar as condições dos agricultores;
2 – Respeitar os custos de produção
permitindo assim pagar um salário justo aos agricultores;
3 – Criar relações a longo prazo, com os
agricultores e com os clientes;
4 – É uma marca honesta e transparente;
5 – Não permite o trabalho infantil;
6 – Tratar os homens e as mulheres de igual
forma;
7 – Aprovar, comunicar e promover o
comércio justo;
8 – Proporcionar condições de trabalho;
9 - Protecção do meio ambiente;
10 – Preservar e defender a identidade
do comércio justo;
A ben&Jerry’s
é uma das marcas que tem o selo do Comércio Justo e desde 2013 que a sua
preocupação é “efectuar a transição de todos os produtos, em termos globais,
para utilizar ingredientes de comércio justo”.
Em 1992, realizou-se no Brasil a primeira
conferencia das Nações Unidas sobre o meio ambiente e o desenvolvimento. Nesta
conferencia foram assinados documentos muito importantes como a agenda 21 que é
um documento onde está definido que os “governos devem participar e incentivar
programas e projetos ambientais através de politicas que visam a justiça social
e a preservação do meio ambiente”. Esta conferencia também teve um grande
impacto porque pela primeira vez deram destaque a temas relacionados com o ambiente
e com o desenvolvimento sustentável.
Passado 20 anos realizou-se também no Rio de
Janeiro, a conferência das Nações Unidas sobre o desenvolvimento sustentável.
Esta conferência teve o nome de RIO+20 e foi uma oportunidade histórica para
que líderes mundiais, cientistas, diplomatas, instituições internacionais,
ONG’s chegassem a um acordo para definir estratégias que pudessem reduzir a
pobreza, promover o emprego, energia e a utilização sustentável e justa dos
recursos. Assim, o objectivo era construir a agenda do desenvolvimento
sustentável para os próximos 20 anos e verificar se as estratégias que foram
definidas nas conferências anteriores, foram compridas ou não e quais os seus
impactos.
É importante referir que o desenvolvimento
sustentável “satisfaz as necessidades do mundo actual sem comprometer o futuro
das próximas gerações. É visto como o princípio orientador para o
desenvolvimento global a longo prazo e tem como três pilares: o desenvolvimento
económico, desenvolvimento social e a protecção ambiental.”
Os dois temas abordados nesta conferencia foram
a “economia verde” onde pretendia-se definir metas e objectivos para incluir
uma economia verde no contexto económico atual e o “quadro institucional para o
Desenvolvimento Sustentável” onde se decidia quais as instituições que ficavam
responsáveis para desenvolver estas novas politicas de desenvolvimento
sustentável.
Esta conferencia teve um impacto muito grande
nos meios de comunicação social, as expectativas estavam muito elevadas devido
ao impacto que a conferência realizada em 1992 teve no mundo.
A verdade é que após a conferencia, foram várias
as criticas que surgiram nos media, nomeadamente:
1.A
Rio+20 foi demasiado extensa, porque num só evento discutiram os problemas
económicos, ambientais e sociais;
2.Em 2012
a Europa estava a passar por uma crise económica e por isso os países mais
ricos alegaram que precisavam do dinheiro para recuperar da crise;
3.Para
levar a cabo a prática da “economia verde” é preciso investir muito dinheiro e
leva vários anos até obtermos resultados e por isso estas questões levam os
países a abdicar de soluções mais sustentáveis.
Assim, podemos concluir que a eco92 foium encontro bastante importante onde os
presentes finalizaram as negociações iniciadas nos anos anteriores e assinaram
documentos importantes como a agenda 21. A Rio+20 não passou de uma discussão
de ideias. Os governos deixaram o Rio de Janeiro sem definir metas e prazos
para concretizar os planos de desenvolvimento sustentável.
Partilho convosco o vídeo institucional da
apresentação da conferencia da Rio+20
No dia 2 de Junho de
2015 o Continente apresentou a sua nova marca. Uma marca que pretende reunir
todas as suas iniciativas de responsabilidade social e desenvolvimento
sustentável.
Em comunicado, a empresa explicou que “A
Missão Continente é o culminar dos últimos 30 anos da marca, após a compreensão
de que o contributo do Continente para o país e para as comunidades deveria ir
para além da relação comercial com consumidores, fornecedores e parceiros”.
Ainda sobre esta nova
marca pode ser lido que a Missão Continente “divide as suas actividades em três
eixos estratégicos: consciente, comunidade e sorriso. Através da Missão
Continente Consciente, o Continente assume um compromisso para a construção de
um futuro sustentável e pretende contribuir para a adopção de comportamentos
mais conscientes do ponto de vista social, económico e ambiental, trabalhando
territórios tão diversos como a alimentação saudável, a produção nacional, o
consumo consciente e a sustentabilidade ambiental.”
Ao ler esta notícia,
lembrei-me de uma outra que fazia referência a uma carta escrita por um
trabalhador desta empresa. Nessa carta o trabalhador queixava-se do salário, da
precariedade, do trabalho não remunerado fora do horário de trabalho, entre
outras coisas. Não sei se esta carta é verdadeira ou não mas caso seja leva-nos
a pensar no que aprendemos sobre responsabilidade social e sobre a política que
as empresas adoptam para serem mais sustentáveis e responsáveis. Para que uma
empresa seja socialmente responsável, para além de ser ética nos seus negócios,
deve também preocupar-se com questões como: a saúde dos seus funcionários, não
deve discriminar os seus funcionários, deve respeitar o horário dos mesmos. Ou
seja, deve manter um sistema de gestão coerente.
Em suma, a responsabilidade
social empresarial consta na integração de preocupações sociais ou ambientais,
quer na gestão das organizações, quer na sua interacção com a totalidade dos clientes,
recursos humanos, autoridades locais, fornecedores, investidores e o público em
geral.
Termino
este comentário com o vídeo de apresentação da nova marca:
Diz-se que é de pequenino que se torce o
pepino, e é mesmo nesta altura que devemos ensinar os mais pequeninos a agirem
de forma responsável e sustentável.
No dia em que se festeja o dia de
Portugal, estive presente no arraial do colégio de São José em Sintra. Ao
entrar no colégio deparei-me com vários alunos a trabalhar nas diversas bancas
que estavam no evento. Tinham de tudo, rifas, bolos, sumos e fruta fresca e todo
o dinheiro era destinado a causas sociais.
A banca que me chamou mais a atenção foi a
banca dos limões onde podíamos ler “Um limão, uma ajuda! Para abrir um furo de
água em Moçambique.”
Como pode ser lido no site “um pequeno
gesto, uma grande ajuda” em Moçambique “57% da população não tem acesso à água
potável. Nas zonas rurais a percentagem aumenta para 70%” e a construção de
furos de água “permite reduzir a distância até 2h entre as comunidades e o
acesso à água potável, bem como o tempo de espera”.
Esta é uma questão de extrema importância
porque devido às águas não serem tratadas, milhares de crianças morrem no mundo
por causa de problemas como diarreia e cólera.
Assim, neste arraial os jovens e os seus
familiares passaram uma tarde diferente e divertida e ainda ajudaram quem mais
precisa.
Eu gostei imenso e ainda trouxe uns
brindes que saíram nas rifas.
Nos dias de hoje, é normal verificar que
as empresas têm políticas de responsabilidade social e estão cada vez mais conscientes
do impacto que têm na sociedade. Mas de acordo com a visão clássica da
responsabilidade social, as empresas não tinham de levar a cabo qualquer tipo
de política de responsabilidade social. As empresas deviam assim, procurar gerar
o maior lucro possível.
Como radical defensor desta perspetiva
destaca-se o detentor do Prémio Nobel, Milton Friedman num artigo publicado em
1970, para o New York Times Magazine:
“Existe uma e apenas uma
responsabilidade social das empresas – usar os seus recursos e aplicá-los em
atividades projetadas para aumentar os seus lucos desde que elas se confinem às
regras do jogo, que são envolver-se em competição livre e aberta, sem logro ou
fraude”.
Felizmente, hoje são poucas as empresas
que partilham desta opinião e tendem cada vez mais a desenvolver actividades no
sentido de promover o bem-estar da sociedade e do meio ambiente.
Hoje partilho convosco um vídeo sobre
responsabilidade social. Neste vídeo, o Dr. Jorge Abrahão, director -presidente do
Instituto Ethos, dá uma aula sobre o que é o Instituto Ethos e a
Responsabilidade Social.
“O Instituto Ethos de Empresas e
Responsabilidade Social é uma Oscip cuja missão é mobilizar, sensibilizar e
ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável,
tornando-as parceiras na construção de uma sociedade justa e sustentável”.